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Episódio 6. Panamby. Antonio Estanislau do Amaral

6:23
 
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Olá, pessoal, muito bem-vindos! No episódio de hoje, vamos falar sobre a valsa Panamby, de Antonio Estanislau do Amaral

Antonio Estanislau do Amaral (07/06/1869-08/09/1938) era botânico, filho de José Estanislau do Amaral, rico fazendeiro paulista, conhecido como “o milionário”, dono de mais de 20 fazendas no Estado de São Paulo.

Entre tantas outras atividades, Antonio e seu irmão José foram proprietários do Teatro São José, atual Shopping Light, localizado no Viaduto do Chá, até 1920.

A Light and Power acaba de adquirir o Theatro São José, de propriedade dos drs. Antonio e José Estanislau do Amaral pela quantia de 1.300 contos […] a Light and Power não pretende explorar o Teatro São José, mas sim transferir para ali os seus escritórios […]. Para este fim, essa antiga casa de espetáculos passará por grande obras de adaptação[1].

[1] Correio Paulistano, 24 de julho de 1920.

Partes do antigo teatro foram aproveitadas na construção da Vila Itororó, na região da Bela Vista, na capital paulista. É possível ver estátuas, adornos e colunas do Teatro São José na Vila que foi inaugurada em 1922.

José teve como filha a célebre pintora Tarsila do Amaral e Antonio e José eram tios de Mário Amaral, compositor tratado no episódio número 5 do nosso podcast. Estes personagens posicionam o violão no seio da modernidade paulistana e permitem o rastreamento de uma rede de sociabilidades ligada à elite cafeeria.

Impressões de um Conto, de Alberto Baltar, autor tratado no episódio 4, foi dedicada a Antônio Estanislau do Amaral, a peça foi executada pelo violonista paraguaio Agustin Barrios em 1917, em São Paulo. A valsa Panamby recebeu arranjo de Aristodemo Pistoresi, violonista que inaugurou os concertos de violão nas rádios paulistanas (1925), tendo sido discípulo de Josefina Robledo e filho do construtor de violões pioneiro na cidade Francisco Pistoresi. Aristodemo teve destaque na década de 1920 e mereceu um verbete no famoso dicionário de violonistas do argentino Domingo Prat, que o definiu como um violonista que “possuía uma cultura musical embasada, como poucos cultores do nosso instrumento naquele país”. Assim, revela-se um circuito de relações entre os violonistas e as figuras da elite local, diversificando a narrativa que confinou o instrumento às classes menos privilegiadas, possibilitando um alargamento da nossa visão sobre as práticas que envolveram o instrumento na sociedade paulista do período.

Panamby é uma composição inspirada, melodiosa e ritmada, bem ao gosto das valsas de salão do período. Ela foi impresa em edição de particular, de autor, provavelmente na década de 1920, sendo anterior ao estabelecimento do circuito de partituras. Apresenta três partes (ABACA), a primeira em lá menor, apresenta caráter solene, de abertura, a segunda em dó maior, viva e brilhante, com frases que caminham para o agudo, entremeadas pelo ritmo da valsa que conferem um caráter de dança contagiante ao trecho. O trio está na tonalidade de lá maior e segue em caráter brilhante e vivo, apresentando melodias nos baixos respondidas por tercinas que remetem às alegres valsas e polcas apresentadas nos cafés e circos do período.

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Entre tantas outras atividades, Antonio e seu irmão José foram proprietários do Teatro São José, atual Shopping Light, localizado no Viaduto do Chá, até 1920.

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[1] Correio Paulistano, 24 de julho de 1920.

Partes do antigo teatro foram aproveitadas na construção da Vila Itororó, na região da Bela Vista, na capital paulista. É possível ver estátuas, adornos e colunas do Teatro São José na Vila que foi inaugurada em 1922.

José teve como filha a célebre pintora Tarsila do Amaral e Antonio e José eram tios de Mário Amaral, compositor tratado no episódio número 5 do nosso podcast. Estes personagens posicionam o violão no seio da modernidade paulistana e permitem o rastreamento de uma rede de sociabilidades ligada à elite cafeeria.

Impressões de um Conto, de Alberto Baltar, autor tratado no episódio 4, foi dedicada a Antônio Estanislau do Amaral, a peça foi executada pelo violonista paraguaio Agustin Barrios em 1917, em São Paulo. A valsa Panamby recebeu arranjo de Aristodemo Pistoresi, violonista que inaugurou os concertos de violão nas rádios paulistanas (1925), tendo sido discípulo de Josefina Robledo e filho do construtor de violões pioneiro na cidade Francisco Pistoresi. Aristodemo teve destaque na década de 1920 e mereceu um verbete no famoso dicionário de violonistas do argentino Domingo Prat, que o definiu como um violonista que “possuía uma cultura musical embasada, como poucos cultores do nosso instrumento naquele país”. Assim, revela-se um circuito de relações entre os violonistas e as figuras da elite local, diversificando a narrativa que confinou o instrumento às classes menos privilegiadas, possibilitando um alargamento da nossa visão sobre as práticas que envolveram o instrumento na sociedade paulista do período.

Panamby é uma composição inspirada, melodiosa e ritmada, bem ao gosto das valsas de salão do período. Ela foi impresa em edição de particular, de autor, provavelmente na década de 1920, sendo anterior ao estabelecimento do circuito de partituras. Apresenta três partes (ABACA), a primeira em lá menor, apresenta caráter solene, de abertura, a segunda em dó maior, viva e brilhante, com frases que caminham para o agudo, entremeadas pelo ritmo da valsa que conferem um caráter de dança contagiante ao trecho. O trio está na tonalidade de lá maior e segue em caráter brilhante e vivo, apresentando melodias nos baixos respondidas por tercinas que remetem às alegres valsas e polcas apresentadas nos cafés e circos do período.

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