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#149 Ultrassom e ventilação com máscara

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Seja bem vindo a mais uma pílula do Medicina do Conhecimento. Juntos compartilhamos ciência e informação a qualquer momento e em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador e como compartilhar é multiplicar convido você ouvinte a conversarmos sobre assuntos sem fronteiras no mundo do conhecimento. Por aqui você ouve tendências, dicas e a prática da medicina, além de assuntos que nos proporcionam qualidade de vida! Você já pensou em usar o ultrassom para verificar a dificuldade de ventilação sob máscara facial? A triagem para a probabilidade de ventilação difícil com uso de máscara facial pode sim incluir um exame ultrassonográfico. Os resultados de um estudo recente descobriram que a medição da anatomia das vias aéreas com ultrassom em região submandibular pela metodologia (POCUS – Point of Care UltraSound) pode ajudar a identificar possíveis cenários de ventilação difícil com máscara, o que, segundo os pesquisadores, pode nos ajudar a estarmos preparados com uma via aérea difícil. O ultrassom também ajudou a identificar pacientes com apneia obstrutiva do sono. Na nossa prática, a ventilação com máscara é uma técnica crítica para a anestesia geral porque nos fornece o tempo adequado para a intubação em momento apropriado. Atualmente, nós usamos avaliações tradicionais à beira do leito, como classificação de Mallampati, abertura da boca e o gesto de morder o lábio superior para determinar se a ventilação com máscara será difícil. Um grupo da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, em Washington, D.C., inscreveu 91 pacientes adultos no estudo prospectivo, submetidos a cirurgia com anestesia geral que necessitaram de ventilação com máscara facial. Os pesquisadores usaram o que chamaram de POCUS submandibular pré-operatório para medir seis parâmetros das vias aéreas: espessura da língua; espessura do músculo gênio-hióideo; a distância entre as artérias linguais; espessura da parede lateral da faringe; distância hiomental; e altura da cavidade oral. Para determinar se um paciente era preditível de uma ventilação com máscara difícil, foi usado o escore de ventilação com máscara conforme descrito por Richard Han em 2004 [Anesthesiology 2004;101(1):267]. No estudo, usou-se uma sonda curvilínea de 3 a 8 MHz para varredura com ultrassom submandibular e com a sonda diretamente sob o queixo do paciente. Os resultados mostraram que quatro medições foram significativamente maiores em pacientes com risco moderado/alto de apneia obstrutiva do sono moderada a grave (STOP-Bang, 3- 8) em comparação com aqueles com baixo risco (STOP-Bang, 0-2): espessura da língua, espessura do músculo gênio-hióideo, distância entre as artérias linguais e distância hiomentoniana. Os resultados sugerem que múltiplas medições pré-operatórias usando ultrassom submandibular podem preparar melhor os anestesiologistas para ventilação difícil com máscara, seja exigindo uma via aérea oral ou a presença de um segundo profissional na sala. Embora possamos relacionar o POCUS à previsão de ventilação difícil com máscara, a tecnologia ainda não é comum o suficiente para ser considerada uma parte rotineira da prática clínica. A idéia é que em futuro próximo, Sondas de ultrassom portáteis podem um dia se tornar tão comuns quanto os estetoscópios. E particularmente, acredito que isso não esteja tão longe Gostou do assunto? Ative a notificação para ser informado quando um novo podcast for publicado e a qualquer momento e em todo lugar, escute a rádioweb no www.medicinaconhecimento.com.br
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